#00 • Quanto maior o chamado, maior a resistência

Nessa edição, em 4 minutos: porque resistimos tanto, formas de resistência e lembretes de estratégias para evoluir.

A natureza da resistência

Quando nos comprometemos com um chamado de alma, seja ele o desenvolvimento da uma marca pessoal e do negócio que essa representa ou qualquer outro empreendimento que nos traga um profundo significado e sentimento de realização, estamos a nos mover em direção a algo maior do que nós mesmos.

Este movimento provoca, inevitavelmente, uma reação... E muitas vezes, umas mais que outras, temos que lidar com… a resistência… Muita vezes, podemos ter a tendência (ou a tentação) de considerar a resistência como algo negativo, mas, esta pode ser encarada como uma simples resposta natural à mudança.

Entender e enfrentar as nossas resistências é essencial, especialmente quando estamos empenhados e comprometidos em construir um futuro mais íntegro para nós e para o mundo… E em desenvolver uma marca pessoal que reflete a nossa verdadeira essência.

A cada novo passo em direção a algo maior que nos mesmos e sustentado por quem verdadeiramente somos, é natural que a resistência se intensifique para determinadas ações ou que novos formatos de resistência apareçam… ficamos vulneráveis, e isso pode ser assustador… Acabamos co-criando, então, muitas barreiras entre nós e aquilo a que nos propusemos. Mas, mais uma vez, não precisamos olhar para estes obstáculos de uma forma negativa. Podemos recebê-los como um convite para aprofundarmos o nosso autoconhecimento e fortalecermos a nossa resiliência…

Acredito que, ao aceitarmos e trabalharmos ativamente com as resistências que nos surgem, encontramos as chaves para desbloquear o nosso potencial e realizar os nossos maiores chamados de alma.

Os seus inúmeros formatos

A nossa mente reage às grandes aspirações com dúvidas e medos, pois estas estão associadas a grandes mudanças, as quais, nem sempre conseguimos prever ou identificar, não é mesmo?

Por isso, a resistência pode manifestar-se e ganhar palco através de muitas formas: procrastinação, insegurança, medo de falhar, medo do sucesso, medo da exposição, excesso de planeamento, perfeccionismo, entre muitas outras…

Estes são alguns dos exemplos mais comuns. Será que te revês em algumas destas situações?

Pois bem, estamos juntos(as). Enfrentei e enfrento muitas dessas para fazer chegar a ti, hoje, essa newsletter e as novidades no fim dela. Somos humanos e com mais ou menos consciência, e, se queremos evoluir, teremos que enfrentá-las.

Identificando a origem

As formas de resistência podem ser apenas sintomas, ou sintomas que derivam de sintomas.

Contornar e ultrapassar as resistências é importante, contudo, para compreender e superar o que realmente está entre nós e a nossa plenitude pessoal/profissional, precisamos encontrar a origem da resistência. E para isso, irás precisar recorrer à tua própria investigação pessoal.

Racionalizar os processos e padrões através da escrita e do journaling, tem me ajudado muito ao longo dos últimos anos, e, claro, pelo menos uma boa terapeuta também (se forem duas, ainda melhor).

Não esperes muito para começares a encontrar o fio da meada daquilo que limita o teu crescimento.

Se também fores fã de journaling ou se está disponível para experimentar, seguem algumas perguntas-chave para explorares:

Estratégias para evoluir

Superar as nossas resistências não é um processo linear. Requer paciência, persistência e uma abordagem gentil.

Como alguém que trabalha internamente com resistência e autossabotagem de forma consciente q.b. há bons anos, deixo-te algumas considerações que podem ser úteis:

1. O autoconhecimento será sempre o teu melhor aliado: quanto mais nos conhecemos, mais capacidade temos de identificar as nossas forças e fraquezas, e, a partir daí, desenvolver estratégias eficazes para lidar com os desafios. Como bem dirá a Maga Holística, “não há autodesenvolvimento sem autoconhecimento”.

2. Compreende bem a tua visão para futuro: estarmos profundamente conectados com a nossa visão de futuro, pode ajudar-nos a encontrar a clareza e a motivação necessária para enfrentar os desafios e não desistir, demore o tempo que for.

3. Adota uma mentalidade de crescimento: encarar a resistência como uma oportunidade de crescimento, em vez de um obstáculo intransponível, pode mudar completamente a nossa abordagem. Cada desafio traz, pelo menos, uma lição e uma oportunidade de aprender e melhorar.

4. Rodeia-te de pessoas que apoiam verdadeiramente o teu crescimento: cercar-te de pessoas que compreendem-te e empoderam-te (verdadeiramente) é tão maravilhoso! Lembra-te que atitudes e padrões sobrepõe-se à palavras bonitas e gentis… e que o afastamento é uma opção se tiveres dúvidas ou mudares a tua percepção da realidade.

5. Melhora o teu diálogo interno e pratica a autocompaixão: a autocrítica excessiva não nos ajuda muito. Ser gentil é importante. (Esse tópico é mais curto, ainda estou a trabalhar nisso arduamente).

6. Busca apoio e mentoria: ter alguém que nos apoie e nos guie de forma especializada pode fazer toda a diferença na leveza e celeridade com que ultrapassas os teus processos. Não é um shortcut, é um movimento inteligente.

Seguindo caminho

Não há como fugir. As resistências são parte integrante dos nossos processos de crescimento. Podemos encará-las como obstáculos negativos ou como verdadeiras oportunidades de transformação.

Identificar, aceitar e enfrentar cada novo desafio que surge no nosso caminho é uma prova do nosso comprometimento com o nosso crescimento, com o futuro e com a essência do nosso Ser.

Espero com essa primeira Newsletter ter proporcionado-te espaço para refletires sobre essa dinâmica e encontrares novas formas de lidar com ela!

Volto na próxima quinzena para explorarmos em maior profundidade um dos medos que aqui mencionei e contar-te sobre a minha maior travessia no desenvolvimento da minha marca pessoal!

🪶 Até breve?

Sou a Gisela, facilito e oriento processos de desenvolvimento, crescimento e renascimento de Marcas Pessoais verdadeiras, diferenciadoras e impactantes, ajudando a traduzi-las para o mundo, na sua beleza e complexidade.

Trabalho com profissionais de desenvolvimento humano e social que sabem quem são, são felizes com o que fazem e procuram vir ao mundo na sua (nova) melhor versão.